Muda de Penas: Principais Dúvidas
Está preocupado com aumento de penas soltas no fundo do viveiro? Fique tranquilo, pois na maioria dos casos é apenas o resultado de um processo fisiológico das aves denominado muda de penas. Esta etapa fundamental do ciclo anual das aves desperta curiosidades e dúvidas de criadores e amantes da natureza. Dentre as principais dúvidas podemos destacar as seguintes:
Por que as aves trocam as penas?
Apesar das penas serem muito resistentes, o desgaste natural, acidente, ectoparasitas e encontro com predadores danificam essas estruturas podendo comprometer suas funções essenciais como o desempenho de voo, termorregulação e impermeabilização o corpo.
Uma ave bem nutrida sintetizará uma nova pena a qualquer momento que por ventura tenha sido arrancada ou caiu de forma natural, mesmo não estando na época de realizaram efetivamente a troca das penas.
Para garantir o aporte nutricional adequado às aves é fornecer os alimentos de manutenção Alcon Club e Alcon Eco Club específicos para cada espécie durante o ano todo.
Primeira muda de penas: quando ocorre?
Os filhotes em sua grande maioria nascem sem penas, cobertos apenas por uma finíssima plumagem. Com o decorrer dos meses, é possível observar o desenvolvimento dos canhões sob a pele do filhote que darão origem às penas, as quais estarão desenvolvidas em sua totalidade quando os filhotes estiverem aptos a deixarem os ninhos.
A primeira muda de penas ocorre até o final dos primeiros seis meses de vida da ave, porém apenas a troca de penas que ocorrem por volta de um ano de idade os conferem plumagem de pássaros adultos. A partir daí, as próximas trocas se darão uma vez por ano.
Muda de penas em aves adultas: quando ocorre?
Após o período de reprodução as penas são substituídas de forma gradativa, sem ser percebidas falhas na plumagem e na maioria das aves que habitam o hemisfério sul, compreende o período de janeiro a maio, com maior concentração de substituições de penas nos meses de fevereiro e março, porém pode variar em cada ave e de espécie para espécie.
A muda de penas é concluída em quanto tempo?
Nas aves mantidas em alojamentos, o período de muda de penas tem uma duração média de quatro a oito semanas. Já em aves da natureza este ciclo pode durar até quatro meses. O motivo desse período mais longo é que as aves têm a capacidade de voo provisoriamente reduzida, dificultando a obtenção de alimento e consequentemente reduzindo seu aporte energético.
A muda de penas é uma época de risco às aves?
A substituição das penas das penas antigas requer um elevado custo energético, devido à demanda metabólica para a síntese de novas estruturas. Neste período as aves ficam mais debilitadas, diminuem a resistência e na natureza se tornar presas fáceis. O estado nutricional das aves é o fator crucial para que este processo ocorra de maneira adequada, causando menos estresse nesta fase tão importante do seu ciclo anual de vida. Sendo assim, quando mantidas em alojamentos, a responsabilidade é do tutor proporcionar uma dieta balanceada e ambiente adequado e protegido das intemperes.
Quais são os principais problemas durante a muda de penas?
O principal motivo para o surgimento de problemas durante a muda de penas é a deficiência nutricional. Dietas à base de sementes são ricas em lipídeos, o que pode causar alguns distúrbios fisiológicos, além de serem deficientes ou não apresentarem quantidades satisfatórias de minerais, vitaminas e aminoácidos para atender a demanda nutricional das aves. Os problemas mais comuns durante a muda de penas são o surgimento de falhas na plumagem, as penas caírem e não serem substituídas (muda encruada), período muito longo da fase de muda e as penas crescerem manchadas e desuniformes. Como as exigências nutricionais das aves são modificadas, havendo necessidade de mais proteínas e energia para a formação de novas penas, é fundamental complementar a dieta na proporção de 25% com Alcon Club Farinhada.
Autor: Max Ternero Cangani, Mestre em Microbiologia Agropecuária, Doutor em Zootecnia
Colaboradores: Eva Schneider, Graduanda em Medicina Veterinária e Anderson Kassner Filho, Biólogo
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